terça-feira, 19 de abril de 2011

Hipocrisia do poder e dos desafortunados.

Um dia vi numa reportagem que convencionamos o “pum” como algo ruim e, apenas por isso, o consideramos como tal. Veja bem, desde bebezinhos quando soltamos pum, as pessoas fazem caretas, gestos e murmúrios de reclamação e desaprovação. Isso não quer dizer que o pum seja bom, mas também não quer dizer que seja ruim.

Talvez isso reflita bem o que eu quero dizer!
Não confundam este texto com qualquer alegoria política, afinal nunca foi o meu forte e não pretendo defender nem um e nem outro. Quero apenas apontar algumas questões importantes sobre sociedade e humanidade que eu, na minha humilde opinião sobre a vida, enxergo.
Fala-se muito do quanto os ditadores foram cruéis no Brasil, mas isso porque somos “governados” pelos opostos a isso. Era nítido que aquele sistema não se baseava em bom-senso, nada justificará qualquer atrocidade cometida, mas ainda assim eram coerentes com o que se propuseram a fazer. Diziam que não se podia isso e nem aquilo, aliás, não podíamos “muitos isso” e “muitos aquilo”, diziam que se os fizéssemos pagaríamos e assim o fizeram.
Hoje, ganhamos pouco mais que nossa falsa liberdade. Mais uma vez eu friso que não estou defendendo e nem desmerecendo os esforços daqueles que lutaram por isso, eu os agradeço e os parabenizo, foram fortes e suportaram coisas para que hoje possamos viver em algo que acreditavam ser melhor e aparentemente é, mas somos todos humanos e dentro desta condição convencionamos coisas demais. Sempre quem está no poder defenderá o seu ponto e quem não está defenderá o seu. Parece que desde que começou a existir a chamada SOCIEDADE as pessoas passaram a se dividir nesses dois grupos inimigos.
Aqueles que detêm o poder e podem ajudar os necessitados parecem preferir não ajudar, não os culpo por isso, afinal, os que precisam parecem preferir culpar os “poderosos” à fazer alguma coisa.
Esse quadro tem mudado de um tempo pra cá e isso me faz acreditar mais que fazemos mesmo parte de um processo importante de evolução e não podemos desistir ou simplesmente deixarmos nas mãos das próximas gerações. As próximas gerações que cuidem dos problemas que lá surgirem, temos que cuidar do que está ao nosso alcance.
Aparentemente, hoje, é uma moda ser ecologicamente correto e não precisa de muito esforço para perceber isso. Isso é bom porque pelo menos tem muitas pessoas envolvidas em projetos e novas idéias que colaboram com o meio-ambiente, mas temos que fazer MUITO para suprir o que já foi destruído e para compensar ainda por quando isso não for mais moda. Esperamos que isso seja como a gripe: ela matava muitos, foram criados seus remédios e vacinas e hoje é considerada uma coisa comum porém de pouco impacto.
Sei que estes parágrafos parecem apenas desabafos, mas acontece que nestes trechos foi depositada muita fé. Fé de que cada vez que eu desacredite nas próprias pessoas, surjam novas esperanças dentre as mesmas para que ao invés de culparmos “eles”, passemos a enxergar mais o todo como “nós”, assim quando pensarmos que “eles” detêm o poder e a culpa, estejamos automaticamente incluídos lá dentro, passando assim a sermos “nós” os detentores do poder e da culpa. Porque “eles” não estão sozinhos nessa e não somos grupos inimigos, somos apenas humanos, e ignorantes são simplesmente aqueles que não querem ver.

2 comentários:

  1. Muito bom o texto, me surpreende que pessoas de sua idade tenha uma visão que muitos da minha ainda não conseguiu ter, parabéns!

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    1. Ola Geraldo. Obrigado =]
      Acredito que as coisas tendem a melhorar enquanto fazemos nossa parte. Foi um prazer conhecer você e saber que tem gente como nós, em todas as fases, espalhados mundo afora. =]

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