quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

É questão de resistência.

Nós vivemos um conceito fechado de vida. Não é aberto, é fechado.

A vida é aberta a infinitas possibilidades, digo infinita porque sozinho eu já imagino um tanto bom de formas pra se viver, e imagino que outros também podem pensar outro tanto bom de formas pra isso.
Mas, não é bem assim que a levamos diariamente.
Parece que socialmente nós viemos limitando essas possibilidades, talvez por organização, talvez por controle, quem sabe?

Uma das principais coisas que me fez parar para escrever esse desabafo que pode ser considerado perda ou ganho de tempo dependendo das formas que enxergar como viver a vida, é a famosa expressão "Ele largou tudo para fazer o que queria".

Eu explico: Uma pessoa fez inglês, cursos de redação, teatro, natação entre várias outras coisas, além de ir a escola ao longo de sua juventude. Quando ela cresce ela se forma, arruma uma profissão, começa a crescer nela e começa a "fazer a vida com isso" (mais uma expressão perigosa). Um dia, então, ela resolve que "não quer mais viver com isso" (e mais uma). Por fim, ela "larga tudo para fazer o que sempre quis" viver de teatro.

É assim que ouvimos de uma pessoa que talvez lá atrás no tempo, quando começou com outra profissão, tenha largado tudo para "trabalhar". É assim que ouvimos de alguém que "ao largar tudo", não tenha largado nada, e sim agarrado algo novo.

Pense, se ela estivesse "vivendo" de teatro e "largado" tudo para "trabalhar", talvez fosse visto como um investimento na vida dela, mas foi o contrário. Esse é o conceito fechado.

Talvez este conceito esteja se abrindo, mas, por enquanto, aos que usaram sua imaginação de tantas possibilidades para se viver, parabéns. Não se trata de largar tudo, se trata de agarrar um todo novo, se trata de persistir e resistir, se trata de existir.

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