segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ansiosa viagem.

Nossa, fazia tempo que não percorria aquele caminho. Caminho este que liga a cidade amarela à cidade vermelha quente. Dormia tão fácil antes, talvez seja a idade. Não, não acho que seja isso. Muito provavelmente, com apenas um prefixo anexado a ela, a idade, responda o que foi: "ANSIOSidade".
Pensava muito no "chegar lá". Enquanto ia, não me desligava de algumas coisas que ficavam e que me fortalecem. Aliás, numa das vezes que acordei, já bem pertinho do "vermelho quente", avistei o ipê amarelo citado no texto de uma pessoa que gosto muito. E olha só, apenas agora, escrevendo, percebi uma coisa em comum em tudo isso. Uma ligação entre o ipê e a cidade que disse ter me adaptado em outro texto, disse logo acima a ligação também. O amarelo. Sem contar que pareceu tão longa a viagem e ali, bem pertinho, foi onde o avistei. Mas enfim, cheguei quase que sem perceber em meio a tanta ansiedade e delonga.
Foi ótimo. Bom, os mais chegados entenderão com mais facilidade este pedaço. É que adoro abraços, muito e muitos. Daí iniciei minha distribuição dos tantos já devidos ao tempo e outros tantos ao amor e a saudade. Peço sempre que preparem seus ossinhos, digo seus porque serve aos que aqui lêem e que ainda não quitei tais abraços.
A família pôde conhecer uma fração do que me fortalece no amarelo, a fração que proporciona mais alegria que sorrisos, vindos do nomeado "Trapinho". Aos que não sabem o que é, não devem conseguir entender o que estou dizendo, afinal o que há de tão bom em trapos, que dirá no diminutivo deles.? Mas tudo bem, eu explico. Trapinho é o nome do palhaço que passou a morar aqui dentro recentemente. E eu disse mais alegria que sorrisos porque o que eu mesmo esperava do palhaço eram os sorrisos, mas percebi que a alegria vem antes de mais nada. Mesmo porque, da minha avó por exemplo, com a alegria veio o choro, e o choro dos pássaros, ein. Tinha sorriso junto a tudo isso, mas ele veio mesmo depois.
Pude confortar um bocado o meu próprio coração por ver todos bem, mesmo com a presença da gripe, mas isso não é nada, posso dizer que o "dortô Trapinho" não viu problemas aí, já que pôde partilhar do que sentia. É que a mesma alegria que tentava transmitir à família, também lhe era enviada devolta e não só pelas pessoas presentes na sala.
Alguém de casa não conheceu o tal "dortô" mas partilhou com exclusividade uma conversa que não costumo fazê-la. Acho que só com essa frase, esta pessoa saberá. É que se não falo abertamente, fica a encargo das entrelinhas dizerem por mim. Aliás, se as mães sabem das coisas mesmo onde não há entrelinhas, tirará de letra este pedaço. Certo mãe?
E os amigos? Ah, os amigos. Destes pude saber das NOVIDADES. Nos sinto tão "GENTE GRANDE", mesmo ainda tão bestões como antes. Puderam saber também algumas das minhas novas paixões. Mesmo que algumas não sejam tão novas assim.
Ah, e isso me fez lembrar de uma coisinha rápida vivida na casa da vovó com minha irmã. Acho que não falo abertamente em palavras sobre algumas coisas por ser tão transparente com alguns sentimentos. Me impressionei com tamanha velocidade dela para descobrir algo que alguns já sabem bem, vejam só, ALGUNS. E não é que eu queira esconder o assunto, mas como eu disse, me sinto tão à mostra que prefiro tratar dele mais diretamente com ele mesmo, o assunto.
Enfim, foi um ótimo final de semana, cheio de ansiedade, arrisco uma palavra que nem sei se existe, mas me parece melhor ainda para definir: ansiosidade. Aquela citada no começo deste 'post'.
Na volta consegui dormir melhor que na ida, a ansiedade era menor. Senti muita sede. Cheguei com a garganta e a boca tão secas que tinha a sensação de me faltar um dente. Isso foi estranho.
Pois estou devolta e diferentemente de outras vezes, sem peso algum, nem de lá e nem de cá. Estou feliz, alegre e apaixonado. Alguns interpretarão esta paixão a alguém, mas os limitarei aqui, agora, neste caso, à minha paixão sobre a vida.
Acho que o título deste blog não cita a vida a toa, quero agradecê-la nos finais de todos os textos.
Então hoje, agradeço ao "Ipê" que me deu força e tornou a distância menor para mim. Agradeço ao "GRANDE" amigo, qual compartilho muito mais que apenas piadas furadas. À "família" que me é. E aos "3" presentes no café, estes que também me são.

Nenhum comentário:

Postar um comentário