quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quanto tempo tem uma lembrança?

Lembro-me de quando tinha uns quatro anos, eu tinha um pijama azul claro e o cabelo era cortado tipo tigelinha. Eu estava na entrada do corredor de onde morava e no varal estava minha fantasia do Batman, com alguns furinhos de traças. Sei que, nesta cena, aconteceu meu primeiro dejavu (que recordo ser). Estava absmado tanto pelos furos na minha fantasia preferida quanto por achar que tivesse previsto aquilo.

Sempre que me recordo disso vejo tudo como se fosse a pouco tempo. Aliás, toda vez que converso sobre passado as lembranças são como "ontem".
Acredito mesmo que as coisas, os momentos que carregamos na memória, são atemporais. São recordações tão especiais que não se pode medí-las. Acho que mesmo algumas parecendo tão bobinhas, só por conseguirmos visualizá-las com tanta clareza, é que têm o seu valor embutido. Talvez não conseguimos perceber tal valor por ignorância da carne, ou por simples distração. Mas, muito provavelmente, isso nos acompanhará enquanto tiver seu valor.

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