sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O pássaro.

Hoje descobri que aquele pássaro, que um dia pousou no meu varal, levantou voo.
Este pássaro tem um brilho que o permite ser visto no escuro. Aliás, neste momento deve estar emanando sua luz em algum lugar do céu, que pode ser visto daqui debaixo, alguém pode vê-lo. Felizardo aquele que o vir.

Já escrevi sobre seu choro. Até mesmo, nas entrelinhas, sobre seu cheiro e suas cores.
É um pássaro que nasceu para ser livre, mas ainda busca tal liberdade. Fico feliz em poder acompanhar e assistir seus passos, saltos e vôos de perto.
Possuidor de um canto sem igual, cativa os que passam pela sua vida. Sua dança é sincera, vem da alma, seu brilho ilumina caminhos e seu choro, ah, esse choro.
Sua inocência, que está longe de ser ingenuidade, o permite enxergar as coisas além do que podemos ver. Isto pode protegê-lo ou derrubá-lo, mas sua força o permite, também, seguir em frente assim mesmo.
A cada manhã, olharei pela janela aguardando seu retorno. Na sacada, mantenho um varal vazio, para que, quando ele voltar, ele possa preenchê-lo com suas cores, luz e alegria.
Estarei aqui para chorar com ela, digo, ele novamente, choros de alegria.

2 comentários:

  1. Gostei muito desse texto, e por incrivel que pareça me indentifiquei muito com ele mesmo sabendo para quem foi escrito, parabens leo

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  2. linda metáforas!!!
    beijos, Thaís Machado

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