O salmão.

Entre amigos, numa conversa sobre o comportamento comum das pessoas, falávamos do quanto elas costumam passar as informações que menos acrescentarão em algo para o próximo. Claro que não devemos ser como robôs e compartilharmos apenas os mesmos tipos de ideias e informações. Só que me incomoda, bastante, vídeos de bobeiras e baboseiras, qual eu mesmo tenho, rodarem mais do que muitas coisas mais importantes ou até, simplesmente, mais bonitas. Algo que realmente acrescente na vida das pessoas. Mas tudo bem, como sempre falo com uma grande amiga, essas coisas dependem do ponto de vista e este é, só, o meu.

O que vem ao caso é que essa conversa sobre as pessoas terminou mais ou menos assim: "Mas assim ficará nadando contra a correnteza." - "Pois então, continuarei a nadar."
Em contra partida, dentro de algumas filosofias que procuro seguir, aprendi que existe a hora de ser como a pena e hora de ser como a pedra, devemos sentir quando temos que enraizar e quando precisamos FLUIR COMO A ÁGUA.
Pensando nas duas situações, me senti confuso e contraditório comigo mesmo. Mas daí veio a inspiração. Justamente de uma das coisas que mais respeito, a própria natureza.
Decidi que meu papel na sociedade será como o de um salmão nos rios. Ele vive e flui com a correnteza dos rios, mas na hora certa, nada contra ela. Segue seu percurso, seu destino. Pode ser morte certa ou prospecção da própria vida, mas não importam as questões, ele nada para onde sente que deva nadar. Pode ser cegamente, mas ele segue assim mesmo, contra ela, na hora certa.